quarta-feira, setembro 23, 2020

Sobre o amor que não é pra ser...

Dia desses de bobeira pelo Instagram eu vi uma postagem que dizia que todo mundo na vida já teve um amor que não deu certo, pra ser mais exato; todo mundo já amou demais alguém que não pôde ficar junto... É estranho admitir que você já quis muito alguém, pior ainda pensar que não deu certo e mais, é absolutamente incontrolável não pensar a respeito com a sensação de que faltou alguma coisa... Mas a real é será que foi algo que não fiz, ou que fiz, ou simplesmente nessa vida como a trágica frase diz; todos estamos destinados a um dia amar o que jamais teremos? 

Talvez eu nunca tenha tal resposta, ainda que viva no desespero de encontrá-la, devo admitir que toda forma de amar é mesmo incrível, mas amar o que não se pode ter é como perder o ar enquanto se luta com a necessidade absurda de se respirar, é como perder a fala quando se mais precisa de respostas, é como tomar o seu último Yakult com toda pressa do mundo e ver que seus amigos guardaram o deles pra mais tarde, enfim amar assim é dor que não se cura, ferida sem causa? Sei lá, não se sabe nunca a causa do porque se ama a quem não se pode amar... Eu amei alguém, amei em um dia comum, ensolarado, amei desde o dia em que eu admiti que ela me desconcertava, amei desde a hora em que meus olhos a viram e prossegui amando desde que a vida com ela me pareceu uma possibilidade mais que certa.

Eu prossegui amando com uma vontade maluca de dizer que eu perdia o ar toda vez que ela sorria, que meus olhos marejavam ao pensar em uma  vida minha que não fosse dela. Tudo nela me parecia tão melhor que tudo em qualquer outro alguém, eu jamais saberei dizer se concordo com a frase ou se admito que tudo dá certo enquanto dura, e que dura o tempo que tem pra durar, mas juro feito um religioso aflito que nunca na vida queria amar assim, por hora me contento com o fato de vê-la bem, ver ela sorrir é o que me mantém.  

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