terça-feira, março 24, 2015

O amor precisa de amor


Eu tô aqui a horas olhando o teclado do computador enquanto todas as letras embaralham-se como se eu não conseguisse formar um palavra sequer, alias talvez seja porque eu já não tenha mesmo muito a dizer, por mais que eu goste de brincar com as palavras de formar frases soltas, dizer coisas bonitinhas e até algumas sem noção, tem horas que tudo o que sobra é o silencio. E não existe barulho mais perturbador do que aquele que se esconde na quietude de uma alma bagunçada, e na minha tem tanta coisa fora do lugar, tantas coisas espalhadas, empoeiradas, algumas que eu nem sei se são mesmo minhas, espaços que já foram habitados mas que são hoje apenas vazios não preenchidos.
Eu tento falar porque eu de alguma forma sei o calor que as palavras podem transmitir, ainda que eu me perca, mesmo que não seja compreendido.
Eu gosto e eu quero falar de amor, ainda que dele saiba muito pouco, é  sobre o amor sabemos não apenas pelo que lemos, pelos que ouvimos falar, mas pelo que vivenciamos, talvez seja pelas varias experiencias que já adquirimos com o longo do tempo ainda que nosso tempo não tenha sido assim tão longo, mas a coisa tem mais a ver com suspiros, calafrios, falta de sentidos do que com toda padronização de; "a coisa toda é como de fato tem que ser" o que na verdade rejeita toda forma de relativismo, bleeeeé, alias tudo isso não tem a menor importância.
A gente sabe dessa coisa que muitas vezes não queremos dar o nome; quando a saudade é mais intensa que de tão intensa faz doer, quando fechamos os olhos e sentimos aquela sensação estranha de que é possível sentir até a respiração, ou quando as lembranças vem em números que a memoria sabe que são datas que não podem ser esquecidas; primeiro encontro, primeiro beijo, a data do pedido essas coisinhas fofas. 
A gente entende de amor não porque de fato entenda, mas porque na matéria de sentir a gente é graduado, vamos mesmo é despido, sem medo, sem receios, abraçamos o desconhecido e mergulhamos na vulnerabilidade do sentir, depomos as armas e o resto é no escuro e sabe-se lá o que tem nessa escuridão.
Mas todo amor que se preze deseja apenas uma, sim senhoras e senhores eu disse UMA. E tão somente uma coisa apenas; "reciprocidade". (há quem discorde)
Porque todo sentir deve vir acompanhando de uma ação, não importa o tamanho do sentimento, nem as milhares de palavras bonitas que vem acompanhadas dele, o que de fato vai fazer toda a coisa valer a pena é o quanto somos capazes de transformar as borboletas no estomago em inspiração para voar, amar é dar asas ao desejo de fazer alguém feliz, é perder a fala, é ficar sem argumentos, é não ter pressa sabendo que não temos tempo a perder.
Quantas vezes você já se apaixonou pela mesma boca, pelo mesmo sorriso, pela mesma voz, pelo mesmo abraço, pelo mesmo cheiro.
Amar tem muito dessa coisa de chorar, rir, espernear, rir mais uma vez, chorar de novo e de novo, é mudar conceitos quebrar paradigmas é perder o controle de si, é querer cuidar tanto de alguém, dar carinho, dar abrigo, dar colo, dar a vida.
E sim a gente faz tudo isso sem querer nada em troca, mas a real é que sim a gente quer, pode parecer contraditório, não escolhemos a quem amar, mas o amor que damos no fundo é o que queremos receber, alguém que não me lembro agora já disse isso, a gente faz tudo isso porque no fundo a gente só precisa ser amado, o amor é quem sabe uma tentativa de respostas ou a procura delas, respostas essas que talvez jamais tenhamos, é que no meio da escuridão pode ser que demore mas a gente vai perceber que amar por dois é sofrimento em dobro, que essa coisa toda do desconhecido é mais prazerosa de mãos dadas, é mais gostosa quando dois é um, quando a nossa metade tem coragem de ser por nós o que seriamos por ela de olhos fechados. 
O amor não exige nada além do amor, mas ele não cabe em teorias, não sobrevive de promessas vazias, exige coragem e por muitas vezes pede escolhas. Não há limite de tempo. Comece quando quiser aposte em finais felizes.

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