segunda-feira, março 09, 2015

Sobre Amar

Eu já brinquei de amar, já brinquei de amores, já imaginei o eterno no temporal de um dia com uma completa desconhecida, e quando olhei pela janela da alma senti o vazio que isso traz. Por mais que eu quisesse deixar a minha parte canalha em evidencia, a minha mente sempre viajava na bagunça arrumadinha de uma vida a dois.
Eu já confundi sentimentos, já dei o nome de paixão a amizades, já dei nome de amor a paixões que duraram dias.
Já quis nunca ter de me apaixonar por ninguém, já quis o vazio e a quietude barulhenta de um coração vagabundo, mas eu gosto mesmo do desconhecido que é o terreno do amor, eu gosto dessa coisa de ter mais que corpos colados, eu gosto mesmo é de despir a alma, eu gosto do mistério que é o amor, dessa coisa do amar sem ter porque, ou porquês.
Eu me encanto com essa coisa de amar, nem sempre o amor é como deveria ser, alias será que existe um método? um manual de instruções? uma prescrição sobre como amar? sobre o amor só não vale desacreditar, até quando esse não é correspondido.
Porque mais que uma noite vazia de pegação o amor nós faz querer a paz de um lugarzinho a dois, a calmaria de um sofá, cobertor e um filme com pipoca, e é assim que percebo que não preciso ter motivos para amar. O Amor é o motivo.
O amor nos faz querer dividir, a cama, o cobertor, o chocolate, a alma a própria vida. Coração vazio não é de todo ruim, mas quando ele esta ocupado pode ser ainda melhor.
Ainda acredito nessa coisa que é mais do que sentir, nesse misterioso do qual damos o nome de "amor", porque com o passar do tempo a gente percebe que fomos mesmo é feitos para amar. Porque não da pra viver sem querer esse desconhecido encantador, porque a gente pode quebrar a cara mas no fundo a maturidade que a experiência traz nos fara querer amar, de novo e de novo.
No fundo a gente vive por ai admirando e analisando sorrisos, gestos, pessoas e jeitos imaginando se entre esses não estão aqueles que a nós pertence.
Na verdade a gente só quer alguém pra chamar de "meu", de nosso, a gente só quer um sorriso que nós encante, um abraço que nos envolva, olhar que vire amor.
Porque depois disso a gente entende que quando é amor, o peito vira travesseiro, a alma encontrou a parte que lhe falta e o coração virou morada.

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